Quem assistiu aos jogos dos tenistas brasileiros Luisa Stefani e Rafael Matos, campeões de dupla mista do Australian Open, em janeiro/23, deve ter ouvido sobre a luta da jogadora Luisa para voltar ao esporte depois de romper o Ligamento Cruzado Anterior (LCA) nas semifinais do US Open, em 2021, e passar por cirurgia.
A lesão do LCA é uma lesão séria e preocupante aos atletas profissionais, mas apresenta grandes possibilidades de retorno ao esporte com o tratamento adequado.
O tempo de retorno ao esporte após a cirurgia de reconstrução ligamentar varia de 6 a 9 meses em média.
Em casos de atletas competitivos, a taxa de retorno ao esporte no mesmo nível prévio à lesão varia de 50% a 80%.
Muitas variáveis influenciam este retorno ao esporte, dentre elas tipo de esporte, posição e função em cada esporte, presença de lesões de menisco, lesões de cartilagem, lesões de outros ligamentos associados.
Alguns detalhes técnicos da equipe médica também são importantes para garantir maior taxa de retorno ao esporte. O cirurgião deve optar por escolher o melhor enxerto para cada atleta, associar ou não procedimentos extra-articulares e corrigir todas as instabilidades e lesões associadas.
A equipe de fisioterapeutas também tem papel fundamental na reabilitação e retorno ao esporte. Um trabalho intenso de fisioterapia por cerca de 9 meses é realizado e a liberação ao esporte somente é feita após aprovação de uma bateria de testes clínicos, funcionais, avaliação muscular isocinética, entre outros.
Sabemos que a liberação ao esporte sem reabilitação adequada aumenta expressivamente o risco de relesão do LCA reconstruído.
