3 Lesões comuns no joelho
3 lesões comuns no joelho
O joelho é uma grande articulação do nosso corpo e a região bastante propensa a sofrer lesões. Ossos, cartilagem, meniscos, ligamentos, tendões e músculos trabalham juntos para permitir que o joelho realize todos os seus movimentos em harmonia.
As situações que colocam em risco a articulação do joelho são variadas, podendo ocorrer desde a má postura até a entorses ou grandes acidentes que envolvam o joelho. Neste contexto, selecionamos as 3 lesões comuns no joelho para que fique por dentro do assunto.
1. Rompimento do LCA
O que é o LCA (Ligamento Cruzado Anterior)?
O LCA é a abreviação de ligamento cruzado anterior. O ligamento é uma estrutura fibrosa que liga os ossos do fêmur e da tíbia. Sua função é estabilizar o joelho, essencialmente, quando a articulação é submetida a movimentos rotacionais.
O joelho é cercado por estruturas que funcionam como uma “defesa”. A primeira delas são, claro, os músculos, e aqueles ao redor do joelho são os mais fortes do corpo. Depois, há todo um complexo de ligamentos e tendões externos que circundam a articulação e dão firmeza extra. E, finalmente, alcançamos dois ligamentos internos, presos profundamente dentro do joelho, que são chamados de ligamentos cruzados anterior e posterior.
Existem alguns mecanismos bem descritos relacionados a ruptura do LCA. Trauma direto ou indireto que ocasiona rotação do fêmur sobre a tíbia bem como mecanismos de hiperextensão do joelho. Há muitos exemplos disso, desde cair, aterrissar no vôlei, mudar de direção no handebol, até o bloqueio da perna enquanto o corpo ainda está em movimento (artes marciais, futebol, etc.).
Na lesão do LCA, quase sempre há presença de dor intensa, sensação de estalido muitas vezes audível seguido de edema/ inchaço com diminuição da mobilidade do joelho. Devemos usar imediatamente gelo e compressão elástica para evitar mais inchaço e não apoiar o pé no chão. O próximo passo é investigar através de exames de imagem (Radiografia / Ressonância Nuclear Magnética) e mediante o exame físico para vermos a melhor forma de tratamento (Cirúrgico versus tratamento não cirúrgico).
2. Luxação patelar
O que é luxação patelar?
As luxações da patela ocorrem com certa frequência, especialmente em atletas jovens, do sexo feminino e que tenham predisposição. A maioria das luxações ocorrem com deslocamento lateral da patela seguido de visível deformação no joelho. Quando isso acontece, a luxação está frequentemente associada a dor e inchaço significativos.
Após uma luxação patelar, o primeiro passo deve ser evitar movimentos bruscos e procurar um atendimento específico no Pronto Socorro. No Pronto socorro, são feitas imagens e a redução da patela com a simples extensão do joelho e deslocamento medial/ interno da patela.
Problemas associados normalmente com luxações patelares ocorrem, sendo o mais óbvio o rompimento dos ligamentos que estabilizam a própria patela (ligamento patelofemoral medial). Como no caso de todas as outras articulações, ocorre ruptura ou ruptura ligamentar para permitir que a articulação se desloque. No caso de luxação patelar, os ligamentos na parte interna do joelho são os mais comumente lesionados, pois a patela desliza lateralmente.
A ruptura desses ligamentos apresenta algum potencial de cicatrização sim, mas o modo de tratamento inicial e predisposições de cada paciente (Tróclea displásica, patela alta, lateralização da tuberosidade da tíbia entre outros) são determinantes na cicatrização ligamentar. A grande preocupação após uma luxação são os pequenos fragmentos de cartilagem e osso que muitas vezes são arrancados da patela durante a luxação. Esses fragmentos tornam-se corpos soltos e geralmente requerem remoção durante um procedimento cirúrgico associado ao tratamento das lesões de cartilagem.
As luxações patelares podem causar lesões significativas e terem tendência a serem redicivantes ou recorrentes a depender de cada lesão. Antes do retorno as atividades esportivas, sempre deve haver uma boa avaliação médica e fisioterápica para evitar a recorrência da lesão.
3. Artrose
O que é a artrose?
A artrose é a forma mais comum de desgaste do joelho, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Ocorre quando a cartilagem protetora que amortece as extremidades dos ossos se desgasta com o tempo. Embora possa danificar qualquer articulação, o distúrbio afeta mais comumente as articulações que sofrem carga como joelhos, quadris e coluna vertebral.
Os sintomas da artrose no joelho geralmente podem ser controlados e melhorados, embora o dano às articulações não possa ser revertido. Manter-se ativo, manter um peso saudável e realizar terapia medicamentosa podem retardar a progressão da doença e ajudar a melhorar a dor e a função articular.
Os sintomas mais comuns são:
- Dor: As articulações afetadas podem doer durante ou após o movimento.
- Rigidez: A rigidez articular pode ser mais perceptível ao acordar ou após ficar inativo.
- Perda de flexibilidade: Você pode não conseguir mover sua articulação em toda a amplitude de movimento.
- Esporas ósseas: Esses pedaços extras de osso, que parecem caroços duros, podem se formar ao redor da articulação afetada.
- Inchaço: Isso pode ser causado por inflamação dos tecidos moles ao redor da articulação.